HOMENAGENS



APOLOGIA A ISABELINHA




HOMENAGEM AO ALMEIDA ROSA


SENHOR, COMANDANTE, CORONEL

“Senhor é o devido Comandante
é o previsto Coronel
é o que gosto”

Senhor!

Comandante!

Coronel!

Assim era ele: polivalente, dúbio, polêmico, inteligente, sarcástico, pernóstico e grande amigo.

Amigo de poucos, é fato, mas grande amigo. Amigo “do peito”, assim como o catarro, conforme o ditado popular nos ensina.

Creio que, por ser amigo de poucos, deve ter incorporado em sua vida o lema latino “Non Multa Sed Multum”.

“Non Multa Sed Multum”, que valoriza a qualidade em detrimento da quantidade, é o lema da Escola Preparatória de Cadetes do Ar, EPCAr, sediada em Barbacena, Minas Gerais, onde ele, eu e mais 410 outros colegas ingressamos em 1967 na tentativa de realizar o sonho de nos transformarmos em oficiais aviadores da Força Aérea Brasileira.

Ele, eu e outros ¬cerca de 80¬ conseguimos realizar o sonho tão sonhado. Os demais, pelos mais variados motivos e circunstâncias, ficaram pelo caminho, sem tombarem, apenas mudaram de rota.

Ele conhecia muitíssima gente “de dentro” e “de fora” da Força Aérea Brasileira, mas escolhia com muito cuidado quem teria o privilégio de ser seu amigo. E eram poucos.

Dentre esses seus poucos amigos, como homenagem a ele, não posso deixar de citar os, também poucos, que conheci: Padilha e Garcia, amigos de mais de meio século, integrantes da mesma turma da FAB, e seus eternos companheiros de charutos e uísque, mau-hábito que cultivava desde “sei lá quando”.

Para ser sincero, o seu mau hábito na escolha da bebida, ou apenas preferência mesmo, não o permitia gostar de uísque; ele gostava mesmo era de Scotch e não qualquer um. Só do Jack Daniels.

Mattos e Bittencourt, também companheiros da longa jornada na Força Aérea e fora dela, ele sempre os citava a mim, contando alguma história ou estória com eles relacionadas.

Zelinski, Zander e vários “antigões” de turmas acima ou mais antigas que a nossa também privaram da sua amizade.

E, acreditem ou não, até eu.

Esses seus amigos de outras turmas, normalmente mais antigas que a nossa, eu não os conhecia, pois o Coronel Márcio de Almeida Rosa e eu vivíamos duas realidades diferentes: ele morando e vivendo no Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa e eu, em São José dos Campos, a Capital Aeroespacial Brasileira.

Gostava de festas e de cozinhar. Fazia vários encontros em sua casa na Barra da Tijuca, onde o cozinheiro era sempre ele. Nunca me convidou para degustar dessas suas iguarias. Felizmente? Creio que não, pois dizem que era excelente cozinheiro. Infelizmente.

Porém, o que ele mais gostava mesmo era de conversar. Conversava demais; falava pelos cotovelos. Adorava ser o centro das atenções em qualquer encontro. Sabia e contava vários “causos” das nossas vidas em comum com detalhes que só ele lembrava. Ou, se não lembrava, inventava ou “chutava”, e como ninguém lembrava mesmo os detalhes, ficavam como se verdades fossem, o que acredito, eram.

Eu o conheci no já muito longínquo ano de 1967, o que nos conduz à condição de, hoje, idosos. Éramos, àquela época, jovens sonhadores, apaixonados pela aviação, que ingressaram na EPCAr a perseguir o sonho de quase todo adolescente de um dia se tornar piloto.

Nessa época, quase final da década de sessenta, apenas o conheci “de vista”, pois éramos tantos ¬ mais que 400 ¬, ele classificado como 100 e eu com 113 outros a nos separar.

Só fui aprofundar nossos contatos cinco anos depois em 1972, agora já cadete-do-ar, na AFA, ou Academia da Força Aérea em Pirassununga, São Paulo e já pilotos formados com brevet “inteiro”, o Diploma de Piloto Militar e mais de 100 horas de voo de birreator pesado.

Ele passou a fazer parte mais amiúde da minha vida através de outro grande amigo e que veio a se tornar padrinho de minha primeira filha, o eternamente saudoso Rebelão, ou aluno 66-229. Luiz Antonio Fiúza.

Fiúza, ou Rebelão, era da turma imediatamente anterior à nossa, ou seja, 66 e que, por problemas de saúde, passou a fazer parte da turma 67. Ele faleceu num acidente com um avião F-5 quando voltava num voo noturno de Anápolis para Santa Cruz numa noite chuvosa.

O aprofundamento da amizade do Comandante Márcio com o Rebelão tem a ver com os frequentes encontros entre ambos, nas viagens que faziam, quase semanalmente, ao Rio de Janeiro, para visitar as namoradas e as mamães ¬desmame a conta-gotas¬ em ônibus fretados por eles próprios e para essa precípua finalidade.

Reuniam-se na proximidade da Rodoviária Novo Rio, com as namoradas e as mamães levando os docinhos e as recomendações de cuidados para não griparem durante a semana, enquanto aguardavam a saída do ônibus que os levariam de volta à EPCAr no entardecer dos domingos, dia final do licenciamento na escola.

Ele estava sempre acompanhado de sua namorada, futura e única esposa, Dona Marta, por ele e por nós, seus amigos, carinhosamente chamada de Martinha.

Já o aprofundamento da minha amizade com ele tem a ver com o fato do Rebelão e eu termos sido do mesmo apartamento, o 222, quando estávamos na Academia da Força Aérea.

Ele, então cadete da aeronáutica, sempre nos visitava no nosso apartamento. Principalmente nas vésperas de provas a procura de alguma informação, dica ou bizu que pudesse lhe facilitar a prova do dia seguinte. Nessas visitas, adorava tomar banho no nosso apartamento. Esses banhos, não eram banhos propriamente ditos, e sim apenas chuveiradas rapidíssimas, que ele sempre insistia em chamar de banho.

Acredito que o maior orgulho na sua longa passagem pela Força Aérea tenha sido ter integrado a primeira tripulação, numa aeronave Hércules C-130, brasileira, a pousar no Continente Antártico. Ele gostava de contar, com mais que justificado orgulho, dela ter feito parte.

Também se orgulhava de ter sido o Comandante da Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação que funcionou na Base Naval de São Pedro da Aldeia.

Depois de formados, no final de 1973, seguimos caminhos diferentes, nos encontrando esporadicamente por esse Brasil afora, até que voltamos a nos encontrar, agora já no alvorecer do terceiro milênio, para uma nova grande convivência.

Ambos já estávamos na reserva da FAB nessa época; ele era o Diretor de Operações da empresa Puma Air, recém-criada e sediada em Belém do Pará e eu, engenheiro aeronáutico desempregado e já sem pretensões de voltar a trabalhar.

Atendendo ao seu pedido, por sinal muito insistente, fui trabalhar nessa empresa, como Diretor de Engenharia (que era pouca) e Manutenção (que era muita).

Nessa época tivemos períodos de grande interação: papos, bebedeiras, conversas, jantares, almoços, reuniões, e até trabalhos. Só não houve briga embora fosse de se esperar que houvesse, pois “a graxa, eu, no caso, está sempre em querela com o voo, ele”. Acredito que já éramos bastante experientes para perdermos tempo com essas bobagens.

Trabalhamos juntos por quase um ano e depois eu me demiti da empresa e ele nela permaneceu.

Almoçávamos quase todos os dias juntos no aeroporto Val-de-Cans em Belém. Eu comia sempre um filé de filhote e um picolé de tapioca de sobremesa; ele variava o dele.

Hospedávamos, às vezes no Íbis Hotel, às vezes, no Vila Rica, ambos vizinhos e na Avenida Júlio Cézar, caminho do aeroporto para a cidade. No jantar era sopa para mim e, às vezes, para ele. O que nunca lhe faltava, nos jantares, era um ou dois uísques para “molharmos as palavras” e eu ouvir vários e interessantes “causos”. Eu me contentava com uma caipirinha, coisa de pobre, mais para acompanhá-lo.

Saí da Puma Air e segui meu caminho e ele o dele. Logo a seguir ele também saiu dessa empresa e foi voar na Azul Linhas Aéreas onde, acho, foi o local que mais se encontrou profissionalmente fora da Força Aérea: era comandante.

Deve ter nascido na Azul a sua “resposta padrão”, que ele adorava contar. Quando lhe perguntavam qual tratamento deviam lhe dar, ele sempre respondia assim:

¬ Senhor é o devido! Comandante é o previsto! Coronel é o que gosto!

Deu mostra a seus poucos amigos que sua grande tristeza foi parar de trabalhar, no caso dele, de voar. Voar era algo que ele sempre adorou e que fez ao longo de quase toda sua vida. Voou na Força Aérea Brasileira como piloto militar e na aviação comercial como comandante. Curiosamente, ele nasceu no Dia do Aviador, 23 de outubro. Talvez seja o único da turma que teve esse privilégio. Eu errei por dois dias, pois sou de 25 de outubro. Mas acertamos o ano: 1949.

Na busca do que fazer, quando, idoso, já não encontrava mais emprego, presenteou a turma com o seu primeiro livro no qual nos relata parte da sua história e conta diversos “causos”, alguns inéditos e que foi, até onde conheço, o primeiro livro de histórias da nossa turma da FAB. Havia um segundo planejado, mas não chegou a acontecer.

Tive o privilégio de ter participado desse seu primeiro livro com uma história do nosso tempo na EPCAr e, talvez em retribuição, fui por ele chamado, nos créditos da história, de “irmão”, tratamento que ele dedicava a bem poucos.

Certamente, ao longo da sua vida, ele plantou uma árvore. Como também, teve filhos, dois, e escreveu um livro, esse já no finalzinho da sua passagem por aqui, posso dizer que cumpriu o seu papel nesse mundo. Depois um câncer o vitimou e faleceu. Cumpriu aqui sua missão. “Missão Cumprida!”.

Sem desejar ser Zen, poucos dias antes de falecer, ele me ligou numa noite e batemos um longo papo. Notei que ele já estava bem debilitado pela doença e pelo tratamento que fazia. Recordo-me que nessa ligação lhe perguntei quantas seções de quimioterapia ele iria fazer e ele respondeu:

¬ Quantas eu aguentar. Achei estranho, mas preferi não prosseguir nesse assunto. Tive a sensação que ele me ligara para se despedir.

Infelizmente, foi uma despedida!

Ele faleceu poucos dias depois.

Meu caro, prezado e grande amigo Márcio de Almeida Rosa, 67-100 da Turma Mete-a-Cepa da saudosa EPCAr, já que, como você sempre dizia, “Coronel é o que gosto”, abro mão do meu vocativo preferido para com você de Grande Amigo, substituindo-o por Coronel para dizer e desejar do fundo do meu coração:

— Vá com Deus, Coronel Aviador Márcio de Almeida Rosa! Alce novos e gloriosos voos, retorne ao Universo, berço de onde todos saímos e aguarde a nós, seus poucos ¬que até desconfio sejam muitos¬, mas grandes amigos! Quando eu for, tento levar um Jack Daniels para continuarmos aqueles longos, velhos e maravilhosos papos que tivemos! Ainda há muitos causos para você nos contar!






PARDINI - In Memoriam

"Carta à Esposa"

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HOMENAGEM DE UM COMANDANTE DO JAGUARARI GRAMS GENTIL
NA MARINHA DO BRASIL

O Gentil, como era conhecido na Marinha do Brasil (MB), após seu desligamento da Aeronáutica cursou a Faculdade de Direito na Vida Civil e prestou concurso para o Quadro Complementar do Corpo da Armada, da Marinha (QC-CA), sendo aprovado, concluindo o Curso de Formação em 01/07/1976. Em seguida, fez seu Estágio de Adaptação no Navio Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais (A-11), terminando-o em 04/09/1976.

Sua primeira Comissão embarcada foi na Corveta Imperial Marinheiro (V-15), onde foi Encarregado de Divisão (01/10/1976 a 19/6/1980), sediada no Comando do 5º Distrito Naval, na cidade do Rio Grande - RS.

No período de 04/9/1980 a 01/9/1981 cursou o Curso de Aperfeiçoamento de Hidrografia para Oficiais (CAHO), na Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN). Após sua conclusão, com sucesso, foi designado para servir no Aviso Hidrográfico Nogueira da Gama (H-14), na Comissão de Levantamento da Amazônia (COLAM), sediado em Belém, onde exerceu as funções de Encarregado de Divisão no período de 18/10/1981 a 09/02/1985.

Em 1985, retornou ao Rio de Janeiro para servir embarcado no Navio Transporte de Tropas Barroso Pereira (G-16), onde permaneceu como Encarregado de Divisão, no período de 18/03/1985 a 30/10/1990.

Em 1990 recebeu seu primeiro prêmio pela sua destacada proficiência embarcada na MB, servir no Navio-Escola Brasil (U-27), na viagem de instrução de Guardas-Marinha de 1991. Como Encarregado de Divisão, serviu no NE de 30/10/1990 a 29/11/1991.

Ao retornar do belo Cruzeiro de instrução, por diversos países, foi designado para servir no Tribunal Marítimo (29/11/1991 a 31/7/1992).

A seguir, serviu no Centro de Munição da Marinha (CMM) e na Diretoria de Abastecimento da Marinha (DAbM), de 03/08/1992 a 30/04/1993, em ambas OM como Encarregado de Divisão.

Quando foi criado o Núcleo de Assistência Social na Esquadra (NAS – Esquadra), destinado à prestação de assistência ao pessoal embarcado nos seus navios, com diversas especialidades, dentre elas advocacia, subordinado à 1ª Seção do Estado-Maior, o Gentil foi designado para a função de Oficial de Assistência Jurídica e, sendo o Oficial mais antigo do Núcleo, tornou-se seu Encarregado (30/04/1993 a 11/02/2000). Nessa Comissão que foi meu subordinado. Eu era Capitão-de-Mar-e-Guerra (CMG), Encarregado da 1ª Seção do Estado Maior (EM) e tive a oportunidade de conviver um bom período com o Gentil.

Era muito eficiente no que fazia e, como tinha muita experiência como embarcado, nas Comissões que a Esquadra realizava, comandando Grupos-Tarefa, era sempre destacado no Estado Maior e realizava os serviços nas Operações da Esquadra, embarcado. Na Esquadra permaneceu por muito tempo.

1994 – Oficiais da Seção de Organização da ESQUADRA
O CC Gentil está em pé, no centro
1994 – Comandante-em-Chefe da Esquadra e seu EM
O CC Gentil, na última fila (2º à esquerda)
1994 – OPERAÇÃO PRATEX comandada pela Esquadra.
CC Gentil é o 3º à direita.
O Navio-Capitânea era o NDD CEARÁ.
CC Gentil é o 1º à esquerda

Como Capitão-Tenente, cursou por correspondência o Curso Básico da Escola de Guerra Naval (C-Ba), qualificando-se para serviços em EM.

Na reformulação do Plano de Carreira de Oficiais da Marinha (PCOM), quando ele era Capitão-de- Corveta (CC), todos os Oficiais do QC-CA que tinham um mínimo de Tempo de Embarque, Dias de Mar, Curso de Aperfeiçoamento, Curso Básico e a Medalha do Mérito Marinheiro (MMM), puderam optar pela transferência para o Corpo da Armada. E isso aconteceu com o Gentil. A propósito, a MMM é outorgada aos militares da Marinha por tempo de embarque e dias de mar, na gradação de uma até quatro âncoras. Esta última, é outorgada a quem possui mais de mil dias de mar na carreira. Era o caso do Gentil.

Como Capitão-de-Fragata (CF) realizou o Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS) na Escola de Guerra Naval (EGN) (11/02 a 11/12/20000), já como Oficial do Corpo da Armada.

Após concluir o C-EMOS com aproveitamento, foi designado Imediato do NDCC MATOSO MAIA, (G-28) navio que eu já havia comandado anteriormente.

1996 – NDCC MATOSO MAIA (G-28) que foi comandado
pelo Gentil, em manobras no mar

Durante a sua Imediatice, o Comandante pediu transferência para a reserva e o Gentil assumiu o Comando interinamente, durante cerca de sete meses. Desempenhou muito bem suas funções e, nesse Navio serviu no período de 20/12/2000 a 12/8/2003.

Em 12/08/2003, após passar suas funções no G-28, foi designado para o Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW), onde permaneceu até 15/02/2005, quando a Diretoria do Pessoal Militar da Marinha (DPMM) o nomeou Imediato da Base de Hidrografia da Marinha (BHMN), situada na Ponta da Armação, em Niterói, sede da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e sede de Navios Hidrográficos. Em seguida, quando foi promovido à CMG, foi nomeado seu Comandante, permanecendo nessa importante OM da Hidrografia da Marinha de 12/02/2005 a 22/02/2008.

Selecionado pela Comissão de Promoção de Oficiais foi designado para realizar o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) na Escola Superior de Guerra (ESG), tendo concluído com sucesso, em 15/12/2008.

De 15/12/2008 a 14/08/2009, após a conclusão do CAEPE, serviu no Comando de Operações Navais, quando solicitou sua passagem para a Reserva Remunerada.

Foi uma passagem profícua e exitosa a do Gentil pela MB. Em sua Carreira Naval perfez 1.282 dias de mar, em 8.612 dias em funções embarcadas. Estes números lhe permitiram ser condecorado com a Medalha do Mérito Marinheiro com Quatro (4) Âncoras. Além dessa, teve outras condecorações, a saber: Medalha Militar e Passador de Ouro, Medalha do Mérito Tamandaré, Medalha do Mérito Santos Dumont (quando pode retornar às suas origens em Barbacena) e a Medalha do Mérito Naval no grau de Cavaleiro.

Após sua transferência para a Reserva, foi contratado pela DHN como Assessor Jurídico daquela Diretoria, no Regime de Tarefa por Tempo Certo (TTC), pois era um bom advogado. Nessa função veio a falecer no regresso de uma viagem.

Eu conhecia muito bem o Gentil e depois que foi meu subordinado no EM da Esquadra tornamo-nos muito amigos e por isso considero que posso falar muito bem dele. Uma pessoa muito humana, sensível (apesar do tamanho), foi o Gentil um excelente auxiliar quando comigo trabalhou. Muito esperto e competente na sua profissão - a advocacia - auxiliava os Praças da Esquadra em seus diversos problemas jurídicos e pessoais e por eles era muito querido. Foi um grande “Marinheiro”, um verdadeiro Oficial de Marinha.

Agora na reserva, antes de seu falecimento, nos encontrávamos nas solenidades de aniversário do “nosso” Navio, o NDCC Matoso Maia, quando era obrigatória a reunião de seus orgulhosos e “velhos” ex-comandantes.

Pela amizade que cultivamos ao longo dos anos, me permito transcrever uma citação que o Gentil sempre fazia, quando servimos juntos e nos diversos encontros em eventos navais, em grupos de conversas:

“Como a vida é engraçada. Eu tive um grande colega e amigo na EPCAr e no CFPM, o BOHRER. Quis o destino que eu fosse comandado pelo seu pai – Brigadeiro ATHAYDE – e pelo seu irmão mais velho – Comandante ATHAYDE, ao longo da minha vida militar”.

Isso é o que eu poderia dizer sobre o colega de Turma de vocês – o Aluno Jaguarari e, na Marinha, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Gentil.

É a minha homenagem como Chefe e Amigo que fui dele.

Fernando Antônio Borges Fortes de ATHAYDE Bohrer
Capitão-de-Mar-e-Guerra (REF)




CASTRO (67-187) – Homenagens póstumas

Pois é Fraternos (como diz nosso Comendador...),

... Fomos companheiros de Beliche no primeiro ano de BQ. Ele em cima eu em baixo. Não perdia a chance de empurrar o estrado até que ele pulasse do Beliche. Naquelas noites de frio, puxava o cobertor e o Querido Santista ficava puto da vida. Fui recebido pela sua família como um filho, vivemos momentos felizes até que seguiu seu brilhante destino na vida civil. Foi padrinho de batismo do meu filho, vindo de carona num Regente da FAB de São Paulo a Natal. Destacou-se como um grande empresário e sempre estimulado por mim a não sonegar Imposto de Renda, pois esses recursos eram indispensáveis para custear os salários dos que seguiram a carreira militar e sempre prontos para a defesa do espaço aéreo ... Saboreamos boas pizzas nos arredores da Faria Lima em SP. Nosso último encontro foi nos 45 anos da AFA. Conversamos sobre aviação e me apresentou o Cel Fernando como um instrutor que lhe havia transmitido bons ensinamentos. Tiramos fotos dos Tucanos da Fumaça. Encontrei um Castro centrado e vibrador.

A minha experiência e os momentos vividos na Força Aérea trazem reflexões de um longo aprendizado. Aviação é uma atividade fascinante , mas não perdoa erros, omissões e deslizes. Não tenho dados precisos do que possa ter acontecido, mas sentimentos de aviador... Entusiasmo, euforia, bem-estar exacerbado, sentimento de que tudo caminha bem, são sensações perniciosas para um piloto. Esta trepidação é do magneto direito, mas como tem dois vamos prosseguir... Embora a chuva de ontem não tenha sido forte achei desnecessário drenar os tanques. As velas, ah sim ! Precisavam ser trocadas, mas nada que uma boa descarbonização não melhore a queda de RPM. Agora, os fatores operacionais (estes infelizmente não poderei descrever estão bem guardados com Ele). Mas há outros ainda, decolagem próxima ao por do Sol. Aquela nevoa seca, cansaço despercebido, mas tolerável , será o último do voo dia. Então, porque não fazer uma passagem baixa para alegria do passageiro... A partir daqui os velhos ensinamentos se repetem... - um elo da corrente se partiu ...

Guardemos os bons momentos vividos e continuamos apoiando a família que terá uma dura tarefa para superar essa dolorosa partida.

Meu Grande Amigo!!! Até o nosso próximo encontro no Céu dos Aviadores...

PTK. Evil e Sergio Henrique



RELATO DO GARCIA

Amigos ,

Faço breve relato da nossa iniciativa nas exéquias do querido Castro.

A turma que participou do Churuba soube do acidente através do Coré, que estava na 6a. feira na casa do Saulo, e ligou para o Estácio, quando o próprio , mais Zelinski , Airam e eu , juntos com as esposas , nos dirigíamos de carro para o jantar em um restaurante próximo.

Estácio, assustado, preferiu não relatar de imediato, fazendo-o quando nos reunimos para o jantar.

No contato posterior com Almeida Prado , fomos informados do seu envolvimento em cuidar do resgate , que só foi feito na manha de sábado por causa das dificuldades do local.

Ja cuidava ele de obter concordância para a FAB transportar o corpo da nora do Castro para Florianópolis onde o filho dele , Vinicius, e ela moravam.

Os detalhes do resgate e do próprio velório foram obtidos em conversas frequentes com A. Prado e Galvão 67-123, que acompanhavam o caso o tempo todo.

O evento do Zelinski, incansável na sua gentileza junto com a doce Cleo, foi de novo um sucesso.

No sábado chegaram os demais convivas (Santos Oliveira fará a reportagem , com fotos e texto), e confraternizamos alegremente , apesar da dor da noticia.

Fizemos em determinado momento uma parada , com 1 min de silencio e Ana e Estacio cantaram bela canção . Depois Zelinski, Estácio e Silva Passos disseram algumas palavras de conforto e de saudade.

Recebida a informação de que o velorio seria em Jundiai, cidade em que Castro vivia atualmente, decidimos que Zelinski e eu , junto com Cleo e Vanessa compareceríamos ao evento de despedida , já que para o pessoal do Rio seria um sacrifício muito grande , em função da distancia.

No sábado cedo Zelinski e eu partimos de carro , chegando por volta das 11h no Velório em Jundiai.

Lá encontramos D. Maria , 86 anos, mãe do Castro , inconsolável pela perda do seu filho querido.

Zelinski e eu nos apresentamos como representantes daTurma Epcar 67 e conversamos longamente com ela, que relembrou fatos do filho bom e amigo que perdera.

Lembrou dos amigos da FAB , citou o amigo Petraukas. Procuramos consola-la dando nosso depoimento do amigo e companheiro que ele era , executivo de sucesso , aviador por vibração.

Falamos ainda com Natalia , filha dele , que viera de Londres , onde mora.

Com Sonia , a esposa, Cleo conversou longamente, chorando juntas. Entreguei-lhe o DVD de BQ 45 anos que Estacio enviou em nome da Turma Mete a Cepa e perguntei se ela gostaria de guardar como lembrança, ela apertou o DVD junto ao peito e chorou emocionada, respondendo que sim.

Porfirio lá esteve também, unindo-se ao grupo. Galvãozinho, também amigo histórico do Castro, já estivera lá. Almeida Prado, em função de viagem ao exterior, enviou o abraço.

Que nosso amigo descanse em paz. Viveu bem !!!

Abraços.

Geraldo Garcia




O PEQUENO GRANDE HOMEM

Roosevelt Rodrigues da Silva. Um nome a ser para sempre lembrado entre nós, por vários motivos: era um vibrador obstinado, tanto pela Turma METE A CEPA –sua Turma querida –, como por tudo que diz respeito à nossa querida FAB; era um dos mais bem informados do grupo no que tange os problemas por que passa a nossa Nação; era bem relacionado, não só com os membros da Turma de 67 da EPCAR, mas também com membros de várias Turmas que por lá passaram; era, enfim, o amigo fiel, aquele que jamais se privava de um encontro com os companheiros de longa jornada, fosse no Rio de Janeiro, fosse em outros Estados.

Doze de janeiro de 2013. Roosevelt se foi... Sim, mas deixando por aqui, temporariamente, uma legião de amigos que o admiravam. Amigos que, apenas por uma questão de tempo, o reencontrarão um dia no plano superior, para, JUNTOS, reviverem os bons momentos vividos neste plano terreno.

No seu sepultamento – trajando uma camisa da Turma de 67 da EPCAR -, nosso irmãozinho teve presentes vários parentes e amigos da família, além de representantes de Turma, que lhe foram render uma última homenagem: 66-203 Cotecchia com a esposa Terezinha, 67-004 Ferreira, 032 Passos, 065 Ney, 075 Estácio, 158 Sovat, 275 Berndt, 296 Moreira Dias com a esposa Katia, 362 Terço com a esposa Goretti, 377 Osmar e 382 Santos Oliveira. Ferreira, em momento oportuno, leu uma mensagem de despedida em homenagem ao amigo...

Que o nosso querido irmão descanse em Paz!



HOMENAGEM DA TURMA EPCAR 67
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Tá Faltando Alguém na Nossa Reta

Decio Ferreira (67-004)

TÁ FALTANDO ALGUÉM NA NOSSA RETA! Num primeiro momento não me dei conta disso. Mas, conforme o tempo foi passando, fui me apercebendo.

Primeiro, um "não pensar em nada". Depois, as imagens se sucederam na minha mente, simples, aleatórias, poderia até chamá-las de "vadias". Mas, ela foram aparecendo.

E, nesse desfile, percebi o quanto elas tinham de significativas, de preciosas, de reveladoras.

As imagens contavam uma história, iniciada há muito tempo atrás, de uma sucessão de encontros, desencontros, sabores, dissabores, mergulhos (na própria alma) e, claro, orgulhos. Como num filme sem enredo definido, as imagens falavam de trajetórias, amizades e afinidades.

Sem percebermos, escrevíamos uma história de romance e epopeia. Escrevíamos os erros e acertos do cotidiano vivido em lugar novo, mas sem esquecermos dos lugares antigos, dos amigos e dos entes queridos.

Formulamos uma nova caminhada rumo ao sonho e ao sucesso. Muitos dos antes desconhecidos, eram agora parceiros, alguns muito queridos.

Há dois dias, recebi um email com o título: VÍDEO DEMOLIDOR: TODOS

PRECISAMOS TER ACESSO A ESSE VÍDEO. Só que a mensagem não trazia o link para o vídeo.

Sem perder a oportunidade, mandei, sem pena: CADÊ A DROGA DO VÍDEO ? Mensagem vai, mensagem vem, e o link não vinha. Cansado do desencontro, fiz uma troça e apaguei a mensagem.

Ontem, pouco antes de dormir, a ficha caiu: Faltará alguém no nosso almoço. E faltará, também, na nossa reunião, nos nossos papos. Faltarão as histórias de quem viajou Brasil a fora e, às vezes, chegava na última hora, mesmo com a nossa troça.

A nossa reta é o lugar no pelotão onde ficam as últimas fileiras. Lá, normalmente, ficam os mais baixos. Na testa (na frente) ficam os mais altos, sempre. Não sei porque é assim, mas é.

E, embora não usemos fardas e o tempo nos tenha clareado os cabelos, descobri que, juntos ou separados, sempre teremos uma testa e uma reta, não formadas por altos e baixos, mas por amigos de estrada.

Ao contrário do hino, nós perdemos o seu contato, companheiro. Mas, perdemos só o que vemos, não o que sentimos.

Embora venhamos a arrumar tudo na próxima formatura, ESTARÁ FALTANDO VOCÊ NA NOSSA RETA !!!

Rio, 13/01/2013




GENTE NOVA NO PEDAÇO
(Homenagem ao saudoso MUG)

Que barulho é esse ?
- Sei lá. Tava tudo calmo.

- E por que complicou ?
- Não sei. Nunca vi nada assim.

- E aquela brisa gostosa ? Sumiu ?
- Parece que virou vento. E dos bons.

- Se fosse só o vento, não seria nada. Mas, e essa barulhada toda ?
- Ainda não deu pra saber.

- Por que ? Tá sem óculos ?
- Não tô usando mais. Tô vendo bem sem eles.

- Droga ! Tava pensando num novo projeto e, agora, não consigo me concentrar.
- Por que ? Tá atrasado para o trabalho ? Hahahaha ...

- Vai à ... . Deixa pra lá.
- Fica calmo. Tá agitado, mas não está incomodando.

- Mas nunca tinha ficado assim antes ?
- É sinal que alguma coisa mudou.

- O que mudou ? Tá sempre tudo do mesmo jeito.
- Se tá diferente, é porque tem coisa nova. Por que você não relaxa e se liga no que estava fazendo ?
- É o que estou tentando fazer. Mas não estou conseguindo.

- Talvez seja hora de dar uma parada e ver o que está acontecendo.
- Não estou querendo ver nada.

- Tá bom, tá bom. Vou ver o que é.
- Tá. E vê se acalma tudo um pouco. Tô querendo escrever.

- Sim, "excelência".
- Já te mandei à m... hoje ? Droga: desculpe. Isso tá me tirando do sério.

- Relaxe. Vou ver o que é para que "vossa excelência" se acalme.
- Tá. Vai, vai ...

- E aí: o quê que houve ?
- Nada demais. É só um cara novo que chegou.

- Tudo isso só porque um cara novo chegou ?
É. Ele tá deixando o pessoal muito agitado.

- O que que ele tem de especial ? É algum príncipe ?
Isso eu não sei. Só ví que tem um monte de gente em volta dele.

- Droga (desculpe !). Informação pela metade.
Pera aí: vou saber mais alguma coisa.

- E aí: conseguiu uma informação decente ?- Tava difícil porque tinha mais gente .

- E você não conseguiu ver o cara ?
- Foi difícil, mas consegui.

- Quem é, afinal ?
- Não sei. O cara só fazia rir e cantar. Uma alegria só. Mas me deram esse papel com o nome dele.

- Que droga de nome é esse, Nel ? @NW ?
- Não, Gugu. O papel está de cabeça para baixo. Vira ao contrário.

- Ah ! Desculpe. Que nome estranho: MUG !
- Agora faz sentido. Ele nunca chegaria no anonimato.

- Então, que ele seja bem vindo !!!
- Assim seja.

AOS FAMILIARES E AMIGOS, O NOSSO ABRAÇO SAUDOSO DE UM PARCEIRO QUERIDO DA NOSSA JUVENTUDE, VIVIDA ALEGRE E INTENSAMENTE.

AQUELE INICIO DE 1969 FOI INESQUECÍVEL, PARCEIRO.

FOI UM PRAZER TÊ-LO COMPARTILHADO CONTIGO.

Sinceramente,

Ferreira (67-004)




HOMENAGEM AO POETA
Manuel Satyro Meirelles (67-144 )

Escreve, Poeta...
Gissele Ribeiro

Escreve, Poeta...

Continua a escrever poemas sonoros,

Tristes e alegres, realidade e reflexão...

Os anjos o aplaudirão...

O aplauso não morre...

O aplauso permanece na obra do homem amigo...

Amigo poeta e grande amigo...

Aqui neste plano continuamos a aplaudi-lo,

Aprendendo um pouquinho desta poesia chamada “SAUDADE”.

Saudade que os companheiros de “BQ” guardarão eternamente...





APOLOGIA À ISABELINHA

Não há quem tenha vivido em Barbacena e que não tenha visto, lido a respeito, ou mesmo ouvido falar de uma figura frágil, pobre, solitária, andarilha, e por que até não dizer, lendária naquela cidade?!

Isabelinha... apenas, Isabelinha. Era como todos a conheciam na histórica Barbacena. Aparentava ser uma pessoa frágil, mas como poderia ser chamada de frágil uma figura que anos e anos demonstrou tanto vigor físico, enquanto perambulava pelos quatro cantos da cidade, em busca de não sei o quê, subindo e descendo incontáveis vezes as ruas Barbacenenses - que só quem lá esteve bem sabe quão íngremes e acidentadas são?... Aparentava ser uma pessoa pobre, quiçá despojada de bens materiais, mas não pobre de espírito, porquanto na sua simplicidade e enquanto em conversa com qualquer um de nós, transmitia-nos ânimo, alento, e sobretudo uma paz espiritual infinda... Aparentava ser uma pessoa solitária.

Mas para ela mesma, por convicção, não o era; vivia a afirmar que estava sempre acompanhada por Deus, pelo seu cão - amigo fiel que a acompanhou por muitos anos - e pelos "lindos passarinhos, azuis como a cor do manto de Nossa Senhora", num plágio à máxima criada por ela mesma e tornada popular entre nós... Era uma andarilha, talvez sem rumo, ou, quem sabe, em busca de algo mais sublime, num plano bem mais elevado do que permitia a nossa vã filosofia entender... Ao contrário da maioria dos personagens históricos, dos mártires, dos heróis, de qualquer personalidade marcante da nossa Sociedade, que só se tornam lendários post mortem, Isabelinha ainda em vida já era uma lenda.

E eram tantas as histórias a seu respeito, histórias estas que sempre procuravam encontrar uma explicação plausível para justificar a vida de privações por que passava aquela mulher. E falava-se sobre um possível desengano amoroso que ela teria vivido na sua juventude; e falava-se sobre um suposto desentendimento com a família, quando jovem; e falava-se da sua procedência de família rica; e falava-se de tantas outras coisas que não pudemos ser testemunhas, já que os fatos ocorridos (se ocorreram) aconteceram quando provavelmente nem nascidos éramos, tornando-se, portanto, para nós, uma lenda. Mas uma parte dessa lenda tivemos o privilégio de vivenciar... a lenda viva.

Quem não se lembra das vezes em que Isabelinha participava dos festejos da EPCAR, fosse o aniversário da escola, fosse a comemoração da Semana da Asa, ou o desfile de Sete de Setembro, quando com seu lencinho branco acenava entre tantos, saudando-nos enquanto marchávamos garbosos pela então Rua 15 de Novembro, pela "Praça dos Macacos", pela "Praça do Globo"?

Quem não se lembra das vezes que fazíamos a famigerada marcha dos onze, quinze, dezoito quilômetros, indo até o Grogotó, mas antes passando pela Rua Cruz das Almas, rua onde ela morava, sendo sempre saudados por ela da janela da sua humilde casa, ou mesmo de uma das calçadas?...

Quem não se lembra da Isabelinha que colocava seu melhor vestido, se maquilava ao seu melhor estilo, bolsa à tira-colo, lábios carmins, de um vermelho de fazer inveja à mais vermelha das rosas Barbacenenses? Tudo para ficar tão bonita quanto possível e comparecer aos eventos para os quais era convidada, sem desapontar os demais convidados?

Quem não se lembra da Isabelinha que tantas vezes subiu nos palanques, quer dentro, quer fora da escola, ladeando autoridades das mais distintas?...

Quem não se lembra das vezes em que sendo-lhe concedida a palavra fazia discursos dignos de fazer inveja ao mais douto dos doutos, tal o esmero com que usava a linguagem?

Ah, Isabelinha, por que você partiu?! Por que deixou esse vazio na história de tantos meninos que um dia, ainda inseguros, imaturos, longe de seus lares e famílias, viam na sua figura um sentimento que se afinava com a solidão de cada um deles? Você partiu e nós estamos todos de luto. Enlutados, sim, porém sob o consolo de saber que - como nos faz ver um dos nossos companheiros - há mais uma estrela brilhando no céu, tornando-o ainda mais azul face à pureza d’alma do ser etéreo que ora chega às alturas.

Estamos certos de que lá de cima você estará sempre brilhando por nós e para nós, como que a iluminar o longo caminho que ainda temos a percorrer. Temos certeza que, da forma como nos amava e por ter demonstrado ser tão forte, você continuará lá de cima a nos dar forças aqui em baixo, assim como dará conforto àqueles companheiros que antes de nós partiram e que agora estarão aí em cima, sob a sua proteção. Obrigado por ter existido entre nós e nos ter dado, de várias formas, lições de vida. Que Nossa Senhora a abençoe e guarde sob o mesmo manto azul por você tão reverenciado na vida terrena.

Descanse em paz.

Passarinho 67-382 Santos Oliveira