O que vou relatar aconteceu lá pelos idos de Julho/Agosto de 1976.
Quem conhece D. Caxias vai situar muito bem onde aconteceu tudo. Quando se entra em Caxias pela Brigadeiro, bem depois da Ducauto tem uma praça do lado direito e, um pouco antes, do lado esquerdo, tinha uma imobiliária que dava entrada tanto pela Brigadeiro quanto pela rua paralela, por onde os ônibus retornam ao Rio de Janeiro. Era uma manhã de sol, temperatura agradável e fui até lá para conversar com o sócio do dono da Ducauto, que também era um amigo. Após conversarmos, estava saindo pela tal rua paralela e, quando cheguei ao portão, parei para dar uma olhada.
Estou ali naquela saída quando ouço alguém gritar: Ei, vc aí, venha cá! Como estava sem óculos olhei para ele e àquela distância não deu para identificar. Como não sabia se aquele chamado era para mim, olhei para um lado e outro e não vendo ninguém perguntei: Está falando comigo? E aquele sacana com um revólver não mão, balançando acima da cabeça, fez o sinal e disse:
- É contigo mesmo! Bem, como não tinha rabo preso nem nada a temer, fui andando na direção dele e, quando o identifiquei, exclamei! Porra, passarinho, só podia ser você! No que ele começou a rir de gargalhada e disse: Peguei você.
Lembro-me perfeitamente que ali no meio da rua batemos um papo, pois, quando o encontrei ele estava conversando com um bicho de 68 que na oportunidade era oficial do Corpo de Bombeiros; só não lembro o nome do bicho. Bem galera, esta é a verdade, o resto é pura lenda. Na realidade me divirto quando alguém conta do seu jeito, pois cada um tem uma forma de contar causos. Quanto ao ser preso por dois soldados, porque não perguntamos ao OLIVEIRA LIMA, que trabalhava no Banco do Brasil bem ali no centro de Caxias. Na realidade sinto muitas saudades do Queiroz, como sinto de todos vocês. ]
Vamos combinar uma coisa: O primeiro que encontrar o Passarinho vai ficar na obrigação de confirmar esta lenda.
Abraços a todos.
67-280 Roosevelt