Rotulado como GramNela, o circuito alusivo às cidades de Gramado e Canela, tendo à frente nosso queridíssimo Zauri, constituiu-se em mais um daqueles estrondosos sucessos, quase que marca registrada em se tratando de encontros da Turma Mete a Cepa.

Para os que puderam chegar com antecedência a Porto Alegre, no dia 19/09, a opção foi primeiro passar uns três ou quatro dias na cidade, com jantar na primeira noite, reservado pelo Pavanelo e pelo Meirelles na Galeteria Santa Maria. No dia 20 tivemos a oportunidade de assistir todo o desfile de encerramento da Semana Farroupilha, evento tradicional gaúcho realizado todos os anos, nessa época. Terminado o desfile fomos para o Galpão Crioulo – Churrascaria e Cultura Gaúcha – onde além da deliciosa comida assiste-se a apresentações de danças típicas. No dia 21 fomos conhecer um pouco mais sobre a cidade, tanto através de um city tour como por um passeio de barco pelo Rio Guaíba. Nesse último, com direito a Voz e Violão ao vivo na parte superior da embarcação, ao sabor de espumante, caipirinha ou cerveja, além de uma vista deslumbrante do por do sol à margem do caudaloso Guaíba. Só então partimos para Canela, na manhã do dia 22. Essa foi a opção dos casais, Passos e Eliana, Porfirio e Maria José, Garcia e Vanessa, Raul e Graça com a filha Carol e a netinha Luiza, Aoyagi e Luiza, Santos Oliveira e Marta, Teixeira (Silvio) e Eliane, Biroche e Cássia e De Marchi e Laíde com a filha Viviane. E não nos arrependemos; valeu a pena!

Tal como aconteceu com os que foram para Porto Alegre dias antes, também em Canelas alguns chegaram com antecedência. Gamonal, em voo solo, foi recebido pelo Zauri no dia 20, ainda na Rodoviária, e dali foi levado para a casa do seu anfitrião para comer um Cuscuz à Paulista. No dia 21 Zauri promoveu uma reunião na Casa Joli Bistrô Vino Bier, da qual participaram Ranier, Oger, Lugão, Brum e Estacio com suas respectivas esposas, além do Gamonal.

Dia 22 foi o marco para o verdadeiro Encontro. Oriundos de várias partes do Brasil bravos guerreiros rumaram para o Klein Ville Hotel, em Canela, onde à noite tivemos o Coquetel de Boas-Vindas. Zauri, idealizador do Encontro, proferiu as primeiras palavras, agradecendo a todos pela presença. Fez um resumo do que aconteceria nos próximos dias e anunciou uma seleção de clipes que seriam apresentados durante o coquetel daquela noite. Foi uma volta ao passado com músicas dos velhos tempos (Paul Anka, Neil Sedaka, Chubby Checker, Rita Pavone, Louis Armstrong, Bee Gees, Os Incríveis, Pholhas, foram apenas alguns dos artistas apresentados nos clipes). Isso, não antes de passar a palavra a um dos nossos hermanos paraguaios, General de Brigada da Força Aérea Paraguaia, Faria. Este, em nome dos seis casais paraguaios que lá compareceram, fez questão de agradecer pelo convite feito para esse Encontro, enaltecendo os laços que já há algum tempo os fazem sentir-se parte da Família EPCAR 67. O resto da noite foi só alegria, descontração, muito bate-papo, música, petiscos e dança, culminando com uma foto do grupão no salão.

Os dias 23 e 24 ficaram livres para os participantes fazerem seus próprios programas, mas só até o cair da tarde. Isso porque as noites já estavam programadas para os jantares. Assim, nesses dois dias, uns fizeram city tour por Canela, outros por Gramado, outros por Nova Petrópolis, enfim... Parques temáticos e ecológicos, com diversões, teleféricos e vista para cachoeiras, fizeram parte dos passeios. Houve quem preferisse ir a uma ou outra das várias casas de chocolate, ou a um dos museus – como o de cera ou do automóvel – ou à Casa de Papai Noel, ou, ainda, à fábrica Cristais de Gramado para comprar e ver como são feitas as peças de cristal de Murano.

Para a noite do dia 23, a cantina Linha Bella, localizada na zona rural de Gramado, foi reservada para a nossa turma. Foi a Noite Italiana. Houve uma encenação do que é o dia a dia típico de uma família italiana, além da apresentação de um casal de cantores que deram show com suas vozes maravilhosas e com um repertório sensacional do cancioneiro romântico italiano. Ambas apresentações muito boas e a comida ótima! Em dado momento todos os presentes se viram envolvidos, cantando e dançando pelo salão, interagindo de mãos dadas com os italianos enquanto se deslocavam formando um “trenzinho”.

Outra reserva feita foi na Churrascaria Garfo e Bombacha, dia 24, onde tivemos uma verdadeira Noite Gaúcha. Tendo à frente do palco, na parte inferior do mesmo, as bandeiras da Turma Mete a Cepa e a do Paraguai, por quase três horas, enquanto nos deliciávamos com a comida e os vinhos, grupos de danças folclóricas se apresentavam. Show de bola! Destaque para um sanfoneiro (ou seria gaiteiro?!) mirim de seis anos de idade – o Enzo – que deu seu show à parte tocando sua gaita, cantando, recitando, sapateando... Parabéns ao jovem artista! Destaque também para o Sovat, que foi convidado a participar de um show, colocando um cigarro na boca para ser cortado por uma boleadeira. Eita guri de coragem, tchê! Vários casais da Turma Mete a Cêpa foram convidados também a subir ao palco para interagir com os artistas. A noite terminou com membros da nossa turma sendo fotografados com os artistas que se apresentaram.

Dia 25 foi o mais longo dos dias. Parecia não acabar. A começar pelo toque de alvorada, que nesse dia foi bem mais cedo (por volta das cinco da manhã, para alguns). Café da manhã em acelerado para, às sete da ‘matina’, estarmos todos em dois ônibus, devidamente instalados, com os cintos de segurança afivelados. Destino: Bento Gonçalves. Às 9h20min chegávamos à Vinícola Aurora para visitação, degustação, e, para os mais chegados a um bom vinho, a compra de algumas garrafas; afinal, ninguém é tão resistente assim a uma compra! Cerca de hora e meia permanecemos na vinícola. Dali, partimos para um parque temático chamado Epopeia Italiana. Numa produção do Grupo Giordani Turismo, em cerca de quarenta e cinco minutos um narrador conta a história de dois imigrantes italianos – o casal Lazaro e Rosa – os primeiros a imigrar para o Brasil em 1900. A apresentação se inicia com um vídeo numa sala de projeção e depois se estende com uma narração constante, enquanto os ouvintes se deslocam pelos cenários. De cenário em cenário (nove ao todo), o narrador fala do sonho do casal italiano de virem para o Brasil para tentar uma nova vida, e, posteriormente, a concretização do sonho de ambos se instalando em serras gaúchas. A história se completa falando da consequente colonização italiana com a vinda de mais imigrantes para a nossa terra, do trabalho árduo dos italianos no cultivo do solo, da plantação de uvas e da implantação das vinícolas. A epopéia termina com degustação de vinho e suco da região, acompanhado de biscoitinhos, os mesmos que Rosa fazia naquela época. Ótima apresentação. Vale a pena ver.

Terminada a apresentação, almoçamos no Restaurante Canta Maria. O que se seguiu foi um passeio de trem – o Trem do Vinho – puxado por uma Maria Fumaça, que nas laterais destacava "UM RETORNO AO PASSADO". A viagem parte de Bento Gonçalves com destino a Carlos Barbosa. No caminho, uma parada na Estação de Garibaldi para uma degustação de vinho e eventuais compras por parte de alguns. O passeio, para muitos de nós, nos remete ao passado, com belas reminiscências da infância e da adolescência. Quem de nós, sessentões ou setentões, nunca andou de Maria Fumaça lá pelos anos 50, 60 ou mesmo depois?! A viagem ainda nos brindou com apresentações musicais no interior dos vagões. Ao som da gaita gaúcha os passageiros se juntaram aos artistas, cantaram, bateram palmas e até dançaram. Tudo planejado com carinho para mostrar aos turistas as origens e as tradições dos imigrantes italianos, bem como do povo gaúcho. A viagem é agradável, divertida e de uma alegria contagiante. Quem tiver a oportunidade, estando em Bento Gonçalves, não perca essa experiência, pois vale a pena!

Termina a viagem, mas não a jornada daquele dia. Ainda faltava a visita a uma segunda vinícola: a Salton. E foi pra lá que fomos. Salvo a origem da vinícola e suas instalações internas, o resto foi mais ou menos a mesma coisa em termos de explicações dadas na primeira sobre o processo de formação do vinho, da colheita ao ponto de consumo. Mas, valeu a visita. Houve também, é claro, a degustação de vinhos e espumantes.

Por fim, partimos de volta ao hotel. Ao chegarmos, entre oito e nove horas da noite, nossos corpos pediam mais por um banho e cama...

Dia 26. Último dia do evento. Manhã e tarde livres. À noite, o jantar de encerramento no Klein Ville com música ao vivo e uma pequena participação do Viveros, com sua voz e violão, e da Rosarito, com sua voz. Zauri falou da sua satisfação. Disse esperar ter atendido às expectativas dos participantes e agradeceu, mais uma vez, pelo atendimento de todos ali presentes ao seu convite para o Encontro. E, é claro, respondendo a ele, nossas expectativas foram pra lá de bem atendidas.

Pouco mais tarde, houve uma troca de regalos. Por parte dos brasileiros, e em nome da Turma Mete a Cêpa, mimos foram oferecidos aos irmãos paraguaios e às suas esposas. Por parte dos paraguaios, nós, os brasileiros, homens e mulheres, também recebemos pequenas lembranças do Paraguai.

Estacio pediu a palavra para duas questões: a primeira, para um voto de agradecimento ao Zauri, extensivo à esposa Beatriz, pelo trabalhão que ambos certamente tiveram para levar a bom termo os momentos por que passamos. Para tanto, em nome da Turma Mete a Cêpa, nosso Comendador fez a entrega de uma placa ao organizador do evento com os seguintes dizeres:

A segunda questão foi a do anúncio de que a partir daquele momento novos amigos paraguaios ganhavam um número simbólico, passando a ser incorporados à Família Mete a Cêpa. São eles: 67-435 Faria, 436 Viveros, 437 Jara, 438 Gregor, 439 Lanik e 440 Eládio. Eles, bem como suas esposas passam doravante a fazer parte também do álbum de casais no site da Turma.

Paredes – El Paredón – pediu a palavra e disse sentir-se honrado em pertencer ao nosso seleto grupo. Desejou, ainda, que os laços que nos une se estreitem cada vez mais. Concluiu com um efusivo “Viva o Brasil! Viva o Paraguai!”.

General Faria (agora 67-435 Faria) endossou as palavras do Hermano Paraguayo Paredes, tecendo grandes elogios ao evento e agradecendo pela recepção e cordialidade com que ele e os demais irmãos paraguaios foram tratados pela Turma. Cabe ressaltar aqui que a Bandeira Paraguaia foi hasteada e arriada no primeiro e no último dia, à frente da recepção do hotel, com toda a reverência. Perfilados, com a mão sobre o coração ou em continência, cantando o Hino Paraguaio, os hermanos fizeram sua pequena cerimônia enquanto hasteavam ou desciam seu Pavilhão. Nossa insígnia também esteve içada durante o evento.

Davi deu uma prévia do que deverá acontecer no Encontro do ano que vem no Mato Grosso do Sul, possivelmente em setembro. Mantenham-se ligados e comecem, desde já, a economizar para a viagem. Já temos quase trinta casais confirmados.

No sábado, dia 28, quando quase todos já haviam partido, os remanescentes Sergio Ramos e Regina, Sovat e Rosa e o Gamonal ainda foram convidados para uma “reuniãozinha” na casa do Zauri e Beatriz (Eta anfitriões ‘bãos’, sô!).

Fotos foram muitas. Vou me limitar a postar as que registrei com a minha câmera e algumas outras já postadas por amigos. Cliquem nos links abaixo, correspondentes a cada momento...

E por aqui ficamos, renovados, rejuvenescidos com essa jornada maravilhosa. Que muitos outros momentos como esse se repitam entre nós! Aos irmãos paraguaios, seguem nossos agradecimentos por alegrarem a festa sempre que estão conosco. Agradecimentos extensivos a todos os que participaram desse Encontro.
Paz e saúde a todos,
67-382 Santos Oliveira